Homenageados

2024

Tiago Teixeira

Tiago Emanuel Gonçalves Teixeira, também conhecido pelas manchetes de jornal, por herói incontestável, nasceu a 21 de abril de 1993, nesta freguesia. É filho de Joaquim da Silva Teixeira e da nossa querida e saudosa Lucinda Adriana Gonçalves da Silva, a quem também devemos eternamente homenagem.

Desce cedo, que a sua paixão pelos karts se tornou num verdadeiro talento, já que o seu primeiro contacto com a modalidade aconteceu em tenra idade, com apenas quinze anos, tendo-se seguido um caminho vitorioso de doze anos no Karting e do início do que se vislumbra ser, uma vida e um futuro promissores.

Nasceu um piloto que foi dando cartas, notabilizando-se como um dos melhores pilotos da região e do país num desporto ainda não muito divulgado.

O Tiago, apaixonado pela velocidade, consagrou-se:
– tricampeão nacional
– venceu também por três vezes a Taça de Portugal
– destacou-se ao vencer, ainda, os campeonatos de Castilha y Leon e da Galiza.

O nosso jovem homenageado deste ano, venceu 80 vezes e subiu a 120 pódios em 12 anos de corridas, o que diz muito de que fibra é feito. E brincando, concerteza que o 1039 teria algo a dizer do Tiago, já que, foi também, em contacto com a natureza que cresceu.

Por aqui não ficou, porque as palavras, aventureiro, ambicioso e lutador o definem muito bem. Criou e fundou a marca SteakHouse Churrasqueira Nacional, que conta com dois restaurantes. Um em Braga e o mais recente em Paredes.

Lidera uma equipa de 40 funcionários e como que, ao volante a grande velocidade, para desbravar asfalto, sonha expandir o seu negócio e ousar em novas áreas de investimento.

Todos nós sempre conhecemos o Tiago pelo seu sorriso matreiro, desde pequeno, e hoje, aqui destacamos todo o seu valor e dedicação ao desporto, incentivando a competitividade de forma positiva, sendo exemplo de altruísmo para todos os jovens da nossa vida; e por se ter tornado num jovem empreendedor que contribui para o desenvolvimento económico da região.

Augusto Ferreira Alves

Augusto Ferreira Alves, nascido a 16 de fevereiro de 1939, no Lugar da Pena, na freguesia de Vilela, tornou-se numa figura incontornável, conhecido por todos, pelo seu serviço ímpar de dedicação, de anos de serviço a uma coletividade, a Associação Recreativa e Musical de Vilela, que tem levado o nome desta terra além fronteiras.

Sempre presente, incansável, o Senhor Augusto Alves, influenciado pelo seu irmão mais velho, iniciou, desde cedo, com apenas 14 anos, a sua jornada e paixão pela música, como músico de percussão da Banda de Vilela.

Durante 26 anos, toda uma vida, dedicou-se à música com esmero e determinação, tornando-se uma peça fundamental da associação cultural e musical. Já viu e sentiu de perto, os momentos e os mais prestigiados prémios da nossa banda, como – de certo – já se preocupou e perdeu o sono quando as dificuldades bateram à porta.

Quem o observa de longe, tem oportunidade de assistir à seriedade — e ansiedade — com que vive cada performance, concerto ou atuação, como se, da primeira vez sempre se tratasse, tal o seu brilho no olhar.

Enquanto figura nobre da Direção da Banda de Vilela, o reconhecimento da sua pessoa vai mais além, sendo a obra de concerto “Augusto Alves”, um pasodoble de homenagem, quando completou 71 anos, oferecido pelos seus filhos Conceição, Glória e Joaquim. Esta obra, pela mão do compositor Nuno Osório, foi estreada em 2010, na mais prestigiada sala de concertos da Casa da Música, no decurso dos 150 anos da Banda de Vilela.

Corre no sangue do Senhor Augusto Alves, música filarmónica, o espírito de pertencimento e de doação e de acompanhamento aos músicos.

Mais recentemente, no seu 80º aniversário, foi homenageado pela Associação Recreativa e Musical de Vilela, como sócio honorário, em agradecimento pelo seu trabalho e contínua dedicação. Esta distinção foi-lhe atribuída num concerto especial de homenagem, tendo-se exaltado louvor de todos e o respeito pela pessoa que é, o Senhor Augusto.

Hoje, ao lhe ser conferida mais uma distinção, assinalamos todo o percurso de vida de Augusto Ferreira Alves, que ao deixar a sua marca de bondade e admiração, nos ensina a construir uma comunidade e culturas mais ricas.

Muitíssimo obrigado, Senhor Augusto Alves.

Pe João Mateus

Nasceu pelas 11h00, no dia 26 de setembro de 1867, João Mateus, paredense, da freguesia de Beire – de terras profundamente agrícolas e não dos movimentos agitados das cidades, mas sabemos que começou a sentir o chamamento da Voz do Senhor para servir como mensageiro da sua palavra, quando foi para Lisboa, para ser preparado para uma carreira no ramo do Comércio, depois de ter concluído os estudos no Colégio do Couto de Cucujães.

Desconfortável, regressa a Paredes, nesta fase vai para a freguesia de Gondalães e com o apoio do Padre José Devesa, terá sido admitido, excecionalmente, no Seminário dos Carvalhos, como aluno gratuito.

Terminou o curso de Teologia no ano de 1889. Foi ordenado subdiácono e diácono e depois Presbítero, celebrando a sua Primeira Missa na Igreja de Bitarães. De seguida, ficou como capelão na Paróquia de Beire até ser colocado como Pároco na Paróquia de Santo Estevão de Vilela no princípio de 1891.

Mais tarde, em 1909, foi nomeado Vigário da Vara do 5º Distrito de Penafiel.

Com a implementação da República e todos os acontecimentos que se viviam em Portugal, confundia-se o zelo religioso com o partidarismo político, pelo que é desprezado, viu as suas crenças ofendidas ao ser acusado de conspirador monárquico. Foi preso e, durante muitos meses, sofreu dolorosos trabalhos, humilhações e desonras, acusado de crimes que nunca tinha cometido.

Foi depois absolvido em 1912 e regressa à sua Paróquia de Santo Estevão de Vilela, onde pastoreou durante 64 anos. Faleceu com 87 anos, a 20 de março de 1955.

Sempre foi conhecido e reconhecido por todos como um homem bom, pela sua dedicação particular às causas eclesiásticas, sociais e culturais, impulsionando o associativismo.

Em Vilela, o Padre João Mateus marcou tantos quantos se cruzaram com ele, e pela sua generosidade ímpar, resiliente e audaz, a sua presença mantém-se indelével na memória de toda a comunidade — que o continua a apelidar como ‘Santo’.

A título de curiosidade, dizia que seria ‘Santo’ por falar com os animais.

Agrupamento de Escuteiros 1039 Vilela

A Missão do Escutismo é contribuir para a educação dos jovens, através de um sistema de valores baseado na Promessa e Lei Escutistas, ajudando a construir um mundo melhor onde as pessoas são realizadas enquanto indivíduos e desempenham um papel construtivo na sociedade.

Pela máxima de Baden Powell, fundador do Escutismo:
“Procurai deixar o mundo um pouco melhor de que o encontrastes”.

A 5 de junho de 1994 foi fundado em Vilela o Agrupamento de Escuteiros 1039 Vilela. Nasce uma família, uma família escutista com já 30 anos, pelo impulso do Padre Rubens e pela coragem dos seus chefes fundadores a quem devemos também homenagem.
Os Chefes Paulo Leal, Conceição Leal, Antónia Leal, Ana Paula Carneiro, Miguel Cruz, Carlos Carneiro, Graciete Rebelo e Manuel Leal.

À data, o seu efetivo era composto por cerca de 51 elementos, divididos por duas secções: Lobitos e Exploradores. Com os anos, o Agrupamento foi crescendo e chegou a atingir os 120 elementos e 4 secções no ativo.

Atualmente, os 97 elementos, que compõem as 4 secções, vivem sob a fórmula verdadeiramente mágica do escutismo:
as lições de vida do ar livre, a sabedoria do joelho esfolado, a mochila às costas e o acampamento, o entusiasmo do jogo, o risco e o gosto pela aventura, o inesperado e o irrepetível, o imprevisto, o espontâneo, o informal, a criatividade, o original, o genuíno e o puro.

Pela sua natureza intrinsecamente comunitária, o escutismo é por tudo isto; e por tudo o que representa; um meio privilegiado para fazer-se a ‘experiência de Deus’ a pensar no progresso individual de cada Lobito, Explorador, Pioneiro e Caminheiro.

No decorrer de todos estes anos, dezenas e dezenas de crianças e jovens da freguesia de Vilela foram educados através do aprender-fazendo e da vivência de caçadas, aventuras, empreendimentos e caminhadas diferentes que os marcaram para sempre enquanto pessoas, que não mais esquecerão a boa ação diária.

São muitas as atividades e momentos marcantes para o Agrupamento, desde a participação em Acampamentos Nacionais, Regionais e de Núcleo – o ACANAC e ACAESTE, festivais de música como o Fescut, tal como inúmeras atividades regionais e de núcleo.

É em todos estes momentos e atividades que se partilham a noite e o dia, é neles que o crescimento acontece e os laços de amizade se eternizam.

Ao longo deste 30 anos de existência, como sabemos, bem vividos, o Agrupamento 1039 Vilela e todos os adultos orientadores, com o seu coração do lado certo, esforçam-se para que os seus Escutas:

  • sejam herdeiros de um passado, de uma história, de uma tradição, de uma igreja, de uma fé;
  • percebam o mistério que os habita, percebam que estão sustentados por uma realidade que em muito o ultrapassa e o transcende;
  • saibam que o buraco da árvore pode ser um esconderijo para um lugar secreto e que o pau à beira do caminho pode ser o mastro de um navio;
  • sintam que não estão sozinhos, porque existe uma aliança a cada alvorada e em cada recolher;
  • que façam com que a Experiência Humana aconteça, sempre, sempre, no ‘Nós’.

2023

Inês Couto

Inês Ferreira Couto nasceu a 31 de novembro de 2016, no Hospital do Padre Américo, em Penafiel. Filha de Abília Coelho Dias Ferreira e de Joaquim Carvalho Costa, é natural e residente na freguesia de Vilela.

Fez todo o seu percurso escolar até ao 9.º ano na Escola Secundária de Vilela, tendo posteriormente transitado para o ensino secundário no Curso de Desporto, do mesmo Agrupamento de Escolas, agora na Escola Secundária de Rebordosa. Com um percurso académico alinhado com a sua vocação, Inês pretende ingressar no curso de Desporto no Ensino Superior.

Tem um irmão gémeo que foi a sua grande inspiração e o verdadeiro despertador da paixão da Inês pelo Futsal. Já inscrito no G.D.C. Escolas de Modelos, foi através dele que Inês começou a demonstrar o desejo de iniciar treinos, mostrando desde cedo astúcia, coragem e uma enorme vontade de aprender. Aos 9 anos, apesar de ser uma menina – o que já evidenciava as qualidades que hoje lhe reconhecemos: garra, afirmação e convicção – não se deixou travar pela inexistência de uma equipa feminina em Modelos.

Em 2020, por conselho do treinador da equipa de Modelos, entrou em contacto com a treinadora da equipa feminina do Aliados Futebol Clube de Lordelo. As suas qualidades técnicas rapidamente lhe garantiram um lugar na equipa.

Com apenas 16 anos, Inês veste a camisola das equipas Sub-19 e Seniores, somando conquistas desde cedo. A sua primeira grande vitória chegou aos 15 anos, ao ser convocada para a Seleção Nacional.

Ao longo do seu percurso, destacam-se várias conquistas:

  • Representou a Associação de Futebol do Porto, onde se sagrou Campeã;
  • Recebeu o prémio de Melhor Atleta do Aliados Futebol Clube de Lordelo;
  • Foi homenageada com o prémio de “Melhor Cinco da Formação”, na Gala de Desporto da Câmara Municipal de Paredes;
  • Participou no seu primeiro estágio da Seleção a 3 de abril de 2022;
  • Disputou a Liga Nacional Feminina Sub-19;
  • Esteve perto da sua primeira internacionalização, impedida por uma lesão;
  • Integra atualmente as Seleções Nacionais Sub-17 e Sub-19;
  • Foi novamente chamada para os jogos de preparação da Seleção Nacional de Futsal Feminino Sub-17, com início a 25 de junho de 2023.

Apesar da sua tenra idade, Inês é já uma jogadora de referência, com um futuro promissor. Esta homenagem serve como fonte de inspiração para todos os jovens: que nunca desistam dos seus sonhos.

Beatriz Carneiro

Beatriz Arminda Neto Carneiro nasceu a 8 de dezembro de 2008 e vive em Vilela com os seus pais, Cátia Cristina Rodrigues Neto e Agostinho Manuel Leal Carneiro.

Concluiu o 9.º ano de escolaridade na Escola Básica 2/3 de Frazão e ingressará no ensino secundário no curso de Design de Mobiliário.

Desde cedo, Beatriz revelou ser uma jovem aventureira, sempre disposta a abraçar novos desafios, testando constantemente os seus limites e capacidades. A sua paixão pelo desporto surgiu de forma natural e imediata. Ao longo do tempo, experimentou diferentes modalidades, tendo-se destacado especialmente no Futsal.

Como curiosidade, Beatriz começou a praticar futsal em 2018, com apenas 9 anos, ao lado do seu tio – que tem a mesma idade – no GDCR Escolas de Arreigada Futsal.

Além do desporto, Beatriz é reconhecida por uma versatilidade notável e um espírito participativo. Desde os 5 anos, integra o Grupo de Bombos Zés Pereiras, demonstrando desde cedo uma vontade multifacetada de se envolver em diferentes áreas.

Em 2022, fruto do seu talento e dedicação, ingressou na equipa feminina do Aliados Futebol Clube de Lordelo. Atualmente, representa as equipas Sub-17 e Sub-19 do clube, onde já se destacou com feitos que enchem de orgulho a comunidade desportiva:

  • Participou em torneios interassociações, representando a Associação de Futebol do Porto, onde se sagrou Campeã;
  • Foi chamada à Seleção Nacional com apenas 13 anos;
  • Homenageada com o prémio de “Melhor Cinco da Formação”, na Gala de Desporto da Câmara Municipal de Paredes;
  • Foi chamada para o seu primeiro estágio com os Sub-17 no dia 3 de abril de 2022;
  • Sagrou-se Campeã Sub-17;
  • Concretizou a sua primeira internacionalização no dia 5 de abril de 2023, pela Seleção Nacional Sub-17;
  • Disputa atualmente a Liga Nacional Feminina Sub-19.

Não restam dúvidas de que, apesar da sua tenra idade, Beatriz é hoje uma jogadora de referência no panorama do futsal feminino. O seu percurso inspirador é digno de celebração e esta homenagem serve como exemplo para todos os jovens: nunca desistam dos vossos sonhos.

Fátima Cerdeiral

Maria de Fátima de Matos Ferreira Cerdeiral nasceu a 24 de junho de 1954, em Duas Igrejas – Paredes. Filha de Cristina Moreira de Matos e Joaquim Ferreira, é mãe de quatro filhos – uma rapariga e três rapazes – e é amplamente conhecida pela comunidade como Fátima Cerdeiral.

Adotou o apelido Cerdeiral do seu marido, Albertino Martins Cerdeiral, de quem foi madrinha de guerra e com quem casou, fruto dessa ligação especial. Viveram juntos durante 34 anos, até ao falecimento de Albertino, em 2010.

Desde cedo, Fátima revelou um forte vínculo à fé católica, certamente influenciada pelos seus pais, praticantes ativos da religião, com especial destaque para o seu pai, que foi sacristão em Duas Igrejas durante décadas. O seu espírito de serviço à comunidade começou a manifestar-se naturalmente, sempre com uma tendência para atividades ligadas à igreja.

Após o casamento, mudou-se para o povoado de Fundões, na aldeia de Torre do Pinhão, concelho de Alijó, de onde o marido era natural. Nessa comunidade, deixou rapidamente a sua marca: criou um grupo de catequese e, com grande coragem e entrega, assumiu a guarda de quatro sobrinhos em idade escolar, com o nobre objetivo de evitar o encerramento da escola primária da aldeia.

Apesar da sua resiliência, as dificuldades da região acabaram por obrigá-la a regressar à sua terra natal. Anos mais tarde, estabeleceu-se em Vilela, onde a sua ligação à igreja voltou a florescer, incentivada pelo então pároco, padre Rubens Marques.

A partir desse momento, Fátima Cerdeiral viria a desempenhar um papel de grande relevância na comunidade:

  • Foi catequista durante cerca de 25 anos, dos quais 17 como chefe dos catequistas, tendo deixado uma marca indelével na formação de inúmeras crianças e jovens;
  • Atuou como ministra da comunhão;
  • Fez parte do conselho pastoral;
  • Foi uma das dinamizadoras do Centro Social e Paroquial de Vilela, onde trabalhou de forma voluntária, intensa e apaixonada durante cerca de 20 anos.

A sua entrega foi tal que, muitas vezes, sacrificou a sua vida pessoal e familiar em nome da missão comunitária.

Mulher de caráter forte, frontal, humilde e respeitadora, é amplamente reconhecida e valorizada, ainda que essas mesmas qualidades, por vezes, tenham gerado discordâncias e desgastes. Atualmente, essas experiências influenciam a sua menor participação ativa, mas há a esperança e a certeza de que, em conjunto, a comunidade saberá reaproveitar todo o seu conhecimento, sabedoria e espírito voluntário.

Além do seu legado de serviço, Fátima Cerdeiral é também muito acarinhada pelo seu apurado sentido de humor. Carinhosamente apelidada de “a mulher das anedotas”, tem usado essa sua habilidade para cultivar amizades e criar momentos de convívio e boa disposição em múltiplas atividades comunitárias.

Uma vida vivida com entrega, fé e alegria – um verdadeiro exemplo para todos.

Maria Ferreira Silva, a sempre recordada ‘Miquinhas do Marnel’

Maria Ferreira da Silva nasceu no lugar de Varziela, em Vilela, a 13 de janeiro de 1907, e faleceu a 27 de julho de 2005, com 98 anos de vida plena, marcada pela generosidade, fé e dedicação ao próximo.

Filha de Joaquim Ferreira da Cruz e Maria da Silva Neto, cresceu no seio de uma família humilde de lavradores que cultivavam as terras do senhorio. Com esforço e dedicação, a família conseguiu adquirir alguns campos, passando de caseiros a proprietários. Desde cedo, Maria esteve profundamente ligada à terra e ao trabalho agrícola. Costumava afirmar: “a terra é a maior riqueza… dela é que vem tudo.”

Ao longo da vida, destacou-se pela sua preocupação com os mais frágeis. Promoveu a construção das então chamadas “Casas dos Pobres”, na Senhora da Hora, sempre com um carinho especial pelos idosos pobres e solitários. Alimentava o sonho de criar um grande Lar para acolher os mais necessitados. E mais do que sonhar, agiu: doou a sua própria casa e os terrenos envolventes para que esse objetivo pudesse ser concretizado.

Mulher de profunda fé católica, foi catequista e zeladora do altar do Senhor Crucificado durante 65 anos. Quando já não tinha forças para continuar, pediu à sua afilhada, Antónia Brandão, que desse continuidade a esse serviço – missão que esta aceitou com generosidade e que ainda hoje se mantém.

Maria era devota de São José, seu padrinho de batismo, a quem chamava carinhosamente “O Mestre”. Colaborou na construção da capela em sua honra e criou uma tradição que manteve até ao fim da vida: no dia da Festa de São José, após a missa, oferecia um pequeno beberete – pão de ló e vinho fino – ao Senhor Abade e aos cantores.

Sempre atenta às necessidades emergentes da sociedade, não hesitava em doar terrenos para obras de cariz social, cultural ou desportivo. Antes de qualquer decisão, consultava sempre o seu irmão José, com quem partilhava uma relação de profunda cumplicidade e afeto.

Viveu com desapego aos bens materiais, dando-lhes o justo valor e colocando-os ao serviço dos outros. Nos últimos três anos de vida, foi carinhosamente acolhida por sobrinhas em Paredes. Encontra-se sepultada no Cemitério Paroquial de Vilela, em jazigo de família.

Mulher empreendedora e trabalhadora, fez prosperar a herança dos pais. Construiu a sua própria casa, no Muro – uma típica casa de lavrador onde se produzia vinho, aguardente, e se moíam cereais cultivados nos campos. Vendia esses produtos à porta, a fregueses locais e das aldeias vizinhas.

Em Vilela, será sempre lembrada como uma figura ímpar, marcada pela atenção constante aos mais necessitados. Quem a procurava, saía sempre com algo nas mãos – um gesto, um bem, uma palavra de conforto. Maria Ferreira da Silva deixou um exemplo notável de dedicação ao outro, um legado que permanece vivo na memória da comunidade.

Rancho Folclórico de Vilela

Situado no concelho de Paredes, na Freguesia de Vilela, numa terra de gente pacata e acolhedora, nasceu a 29 de julho de 1986, o Rancho Folclórico de Vilela.
O desejo de fazer ressaltar alguns elementos característicos da sua terra, há muito esquecidos, foi o mote que moveu os diversos elementos para se unirem e fundarem este rancho.

Tendo em conta a sua originalidade bem histórica, este grupo folclórico pretende desenvolver todos os costumes tradicionais da sua própria região, o Douro Litoral, onde está inserido.
É com base nesses costumes tradicionais que o Rancho Folclórico de Vilela apresenta as suas danças e os seus cantares.

É seu Presidente António Fernando Ferreira Leite, desde 1998, fazendo 25 anos de presidência, bodas de prata, neste preciso ano.

2022

Marcos Bessa

Marcos André Nunes Bessa nasceu a 25 de março de 1989, em Vilela, no lugar do Noval, filho de Ilídio Bessa e Maria de Fátima Bessa. Design Master, na empresa mundialmente reconhecida e conceituada LEGO, na Dinamarca, iniciou o seu percurso académico na Escola Primária Calvário nº.3, frequentou a Escola EB 2/3 de Cristelo no 5º e 6º ano de escolaridade e conclui o 3º ciclo e Ensino Secundário na Escola Secundária de Vilela, diga-se com resultados de notória excelência. Ingressou, à posteriori, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, tendo completado o Bacharelato de 3 anos em Ciências de Engenharia com Orientação em Informática e Computação. Para além de aluno de mérito, características como criativo, multifacetado e determinado sempre descreveram muito bem Marcos Bessa, tamanho o seu interesse por diferentes áreas, como a música, a representação, o teatro e cinema, as artes e ainda a escrita.

Ainda que seja terra a sua idade, a sua participação social na freguesia foi já significativa: fez parte dos Escuteiros, no Agrupamento 1039 Vilela, desde os 7 até aos 21 anos. Pertenceu também ao coro infantil desde que este começou – algures por volta de 1996 – até virar adolescente; voltando depois em adulto quando a sua voz já teria amadurecido. Escreveu um romance que foi publicado em dezembro de 2006, com 17 anos, entitulado “O Outro Lado da Verdade”, pela Papiro Editora; e um outro sob a forma de blog, apresentado como ‘Memórias de um Espelho Quebrado’. Da sua atividade, destacamos ainda a sua participação em clubes de teatro, concursos de poesia e matemática, e a presença na competição do Got Talent Dinamarquês e do The Voice Portugal, sabendo que sempre foi bem-sucedido em tudo quanto se envolveu.

De 2008 a 2010 foi membro da Comunidade0937, uma comunidade de fãs de Lego em Portugal, participando na organização de vários eventos nacionais e internacionais e concursos on-line de aficionados pelo brinquedo, que acabaram por levar Marcos Bessa a cumprir o sonho. Inspirado pelo universo dos heróis, começou em 2010 a trabalhar na LEGO onde está até então. No seu portfólio profissional conta com mais de 100 produtos desenhados, incluindo a famosa Casa dos Simpsons, a Vila dos Ewoks do Star Wars e o Castelo da Disney que foi distinguido com um prémio Toy Of The Year (TOTY Awards), nos EUA, no ano de 2016. Atualmente, além do seu trabalho full time, tem um projeto de design e solidariedade social, o You Name It, que mantém sozinho simplesmente por paixão e satisfação pessoal e que reverte a favor da fundação Make a Wish.

Marcos Bessa é, por tudo isto, uma pessoa de muitas e grandes paixões – que acredita que o nosso verdadeiro valor é tão grande quanto os nossos sonhos, não pertencesse ele à família 28 de que tanto se orgulha.

𝗠𝗮𝗿𝗶𝗮 𝗱𝗲 𝗟𝗮 𝗦𝗮𝗹𝗲𝘁𝗲 𝗟𝗮𝗹𝗹𝗶

Maria de La Salete Branco da Silva Lalli, natural da freguesia de Vilela, nasceu a 30 de dezembro de 1937. Filha de Carlos Ribeiro da Silva e Branca Duarte Branco e casada com Fernando Lalli. ´Lélé’ como é carinhosamente conhecida por todos, Enfermeira Pára-Paraquedista, sem foi vista como uma mulher valorosa, que se moveu com o olhar voltado para os outros, destaca-se pela sua ousadia e coragem e por ser uma mulher ‘atirada para o Mundo’. Estou no Hight School Colégio do Porto, tirou o curso de Enfermagem no Porto, e seguiu para Luanda para exercer a sua profissão de enfermeira no hospital militar. Anos mais tarde, e porque sempre quis ir mais além, regressou a Portugal e tirou o curso de para-quedista em Tancos, tendo-se tornado, corria o ano de 1961, numa das ´Seis Marias’, como haviam ficado conhecidas na altura estas mulheres que tiraram o primeiro curso de enfermeiras para-quedistas, e que ficarão indelevelmente ligadas à história.

Teve como objetivo ir para as colónias de Angola e Guiné, onde exerceu o serviço militar com a patente de Alferes. Percorreu o mundo inteiro, com uma enorme valentia e ao mesmo tempo simplicidade, caracterizada por muitos como guerreira e trabalhadora e distinguida pela sua vontade de conservar, ainda nos dias de hoje, o que era dos seus pais. Ainda reside na África do Sul, onde tem, nos dias de hoje, a sua empresa e do marido, a Italian Lights. O saber e a dignidade desta Grande Mulher da Guerra, no seio das Forças Armadas, foi sempre exemplar, tendo sido sempre incontestavelmente respeitada com a devida continência e cumprimento militar.

𝗣𝗮𝗱𝗿𝗲 𝗝𝗼𝘀é 𝗕𝗲𝗿𝗻𝗮𝗿𝗱𝗲𝘀 𝗣𝗲𝗿𝗲𝗶𝗿𝗮

Padre José Bernardes Pereira nasceu a 25 de setembro de 1917, em Silvalde, Espinho, e morreu a 5 de setembro de 1988. Filho de José Pereira Bernardes e Rosa Pereira Relva, fez o seu percurso sacerdotal e foi ordenado no ano de 1940. Estima-se que tenha iniciado o seu serviço na paróquia de Vilela no final do ano de 1953, início de 1954, para auxiliar o Padre João Mateus , que, por velhice, já se encontrava limitado nas funções que lhe estavam confiadas. Com 35 anos de sacerdócio nesta freguesia, tornou-se também um homem desta terra, dado que dedicou grande da parte da sua vida a servir toda a comunidade Vilelense, e por isso, ser muito querido e acarinhado por todos. Contribuiu para o desenvolvimento económico, dedicou-se às causas sociais e culturais, impulsionando o associativismo e a criação de infra-estruturas de uso e apoio comunitário.

Por ter sido conhecido e reconhecido pelas nossas gentes como um homem bom e de uma generosidade ímpar, toda a população que com ele conviveu destaca o seu caráter empreendedor e pro-ativo, na busca, não só do desenvolvimento da sua paróquia, como na sua dedicação à Banda de Vilela. Entre as iniciativas que lhe são atribuídas e o edificado, destacam-se a construção do Salão Paroquial, a construção e início da reabilitação da Igreja de S. José, bem como a instituição de uma delegação da Obra de S.Vicente de Paulo, vulgarmente conhecida como “As Vicentinas”. Apesar do seu carácter exigente no ministério da doutrina, era de uma preocupação imensurável com os seus paroquianos. Procurava auxílio para os mais necessitados, abordando famílias com maiores recursos para que ajudassem os mais desfavorecidos na construção das suas casas. Era muito comum vê-lo a percorrer a freguesia, procurando saber se os seus paroquianos estavam bem ou se podia auxiliá-los em alguma carência.

Era grande a sua generosidade, por isso, doou tudo o que tinha à Associação Fraternidade Sacerdotal do Porto.

2021

Bruno Silva

Bruno Duarte Ferreira Silva nasceu a 17 de maio de 1988, em Vilela, no lugar da Pinta, filho de José Duarte Dias da Silva e Elisabete Moreira Ferreira da Silva. Ciclista Profissional, iniciou o seu percurso académico na Escola Primária de Duas Igrejas, tendo completado o 9º ano de escolaridade na Escola EB 2/3 de Cristelo. O Ciclismo surgiu na sua vida, com cerca de 14 anos, na ADRAP – Associação Desportiva e Recreativa Ases de Penafiel, sendo esse o ponto de partida, na categoria de formação, para todos as conquistas que se seguiram. Humildade, dedicação e espírito de sacrifico são as características que melhor descrevem Bruno, que desde cedo lutou com determinação para alcançar as suas metas dentro de uma modalidade que, tantas e tantas vezes, não é devidamente reconhecida.
Ainda que seja tenra a sua idade, vestiu já a camisola por clubes de renome, entre eles: A Associação Desportiva Recreativa Ases de Penafiel, Velo Clube de Centro, União Ciclista de Sobrado, Clube Ciclismo de Paredes, Clube Desportivo FullRacing e Clube de Ciclismo da Aldeia de Paio Pires, estando orgulhosamente, no momento, a pôr a cara no vento, pelo Clube Desportivo Feirense, na equipa de ciclismo profissional Antarte Feireise.

De época em época são muitos os quilómetros nas pernas de Bruno Silva que levou Vilela consigo em centenas de provas nacionais e internacionais que constam do seu já extenso currículo desportivo.
De trato fácil, ainda que reservado, afirma que o seu propósito é fazer sempre o que lhe é pedido, ajudar a equipa no que for preciso e aproveitar a oportunidade se essa surgir.
Não restam dúvidas que este jovem Vilelense foi aproveitando até aqui todas estas oportunidades, sentindo o seu esforço reconhecido – já que são muitos e significativos os títulos que alcançou:

  • Na Classe Cadete com 15 anos – assistiu à sua primeira vitória – pela ADRAP;
  • Na Classe Sub23:
  • foi vice campeão nacional pela Casa Ativa;
  • ganhou 3 vezes a volta à Madeira pela Casa Ativa;
  • venceu etapa e fez 3º da Geral e 1º da Montanha na ‘Volta Portugal ao Futuro’;
  • ganhou o troféu RTP;

Na Classe Profissional:

  • ficou em terceiro lugar no prólogo da Volta a Portugal;
  • ficou em segundo lugar na geral da Juventude.
    Em 2015, ano que lhe ficará na memória, recebeu o título de Rei da Montanha na Volta a Portugal, o que fez deste atleta um exemplo de perseverança, mérito próprio e de persecução de sonhos – que nos ensina, a todos nós, que apesar de ganhadores devemos trabalhar em prol da garantia de um futuro sempre e cada vez melhor.

Pe. Rubens Marques

Rubens Humberto Ferreira Marques, nasceu a 28 de outubro de 1961, em Angola, mas viveu a sua infância, juventude e início da idade adulta nas Taipas – Guimarães. Pároco, fez o Percurso Sacerdotal, diplomou-se em Teologia de forma exímia e foi ordenado a 12 de junho de 1987. À posteriori foi nomeado para assumir funções como Padre na Paróquia de Vilela, onde durante dez anos se entregou e dedicou de forma inigualável.

Quem nunca ouviu falar no ‘Padre Rubens´? Homem que marcou gerações e gerações, e toda a comunidade, pelo seu forte dinamismo, rigor e sentido litúrgico – traços evidentes que personalizam o seu múnus pastoral. Tornou-se numa figura singular, com visão eclética, diga-se até ‘à frente do seu tempo’ e que se destacou em Vilela porque centrou o seu trabalho na revitalização e criação de grupos para crianças, jovens e adultos com o objetivo central de fomentar a vida da (e na) Igreja.

Foi fundador do Agrupamento de Escuteiros 1039 Vilela, dinamizou ativamente o Grupo de Acólitos, o Grupo de Jovens, o Coro Paroquial e a Comissão Fabriqueira. Iniciou e apresentou a candidatura ao projeto do ‘Centro de Dia’ – que hoje se encontra em funcionamento por este primeiro passo foi dado.

A esta parte, sempre foi líder, exigente e perfeccionista consigo e com os demais porque a sua missão sempre foi a excelência e a melhoria constantes. Durante a década de trabalho em Vilela, formou um círculo forte de amizades, não só pelos grupos pastorais mas também fora deles porque era pessoa de unir. Unir em cada celebração, no cântico, na fé, nas suas idas à escola primária, no jornal que fazia circular pela freguesia; e até nas viagens/excursões que organizava por cá e pelo Mundo.

No edificado foi enormíssima a sua contribuição:

  • as obras na Residência e de Restauro na Igreja Paroquial;
  • as obras na Capela da Nossa Senhora da Hora;
  • as obras na Igreja de S.José.
    São parte desse legado!

É certo que nem sempre foi consensual pela sua ousadia, de toda a maneira, o Pe. Rubens foi (e é) um exemplo na forma como dinamiza uma paróquia, de como aproxima as pessoas da religião, e, essencialmente de como tenta globalizar a sociedade.
Atualmente, é Pároco na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, no Marquês – Porto, e satisfaz-nos o seu sempre envolvimento nas questões sociais no apoio aos mais desfavorecidos, em específico com a sua atual e importante iniciativa‘Porta Solidária’.

Virgílio Pereira

Virgílio Pereira nasceu a 7 de outubro de 1900 e morreu em 1965. Conceituado etnomusicólogo, era natural da freguesia de Vilela e filho de Francisca Romana Coelho Pereira e do fundador da Banda Musical de Vilela, o professor António Gaspar Pereira.

Desde criança, Virgílio Pereira foi atraído pela música, até porque tinha um ambiente familiar favorável nesse campo. Estudou no Conservatório do Porto e na antiga Academia Mozart e, com apenas 19 anos, era professor do ensino primário e Diretor da Escola Anexa à Normal, no Porto.
Regressando à terra Natal, veio lecionar para Lordelo, em 1924, onde fundou e dirigiu, durante uma década, o “Orfeão Castro Araújo”, formado exclusivamente por trabalhadores rurais, mas que, ainda assim, recebeu a medalha de ouro no 1.º concurso orfeónico de Portugal, realizado no Porto em 1932. Este grupo participou em inúmeros concursos, de que é exemplo o “Rainha das Costureiras”, realizado no Palácio de Cristal, organizado a 29 de março de 1932, e apresentou-se no ano seguinte, a 18 de junho, na Sociedade Martins Sarmento, aquando de uma festa realizada em honra deste filantropo. Em 1934, criou o “Orfeão Oliveira Martins”, com alunos da escola técnica do mesmo nome e, no ano seguinte, formou e dirigiu o Coro Infantil do Porto, constituído por 1600 jovens das escolas oficiais da cidade.

Entre 1941 e 1953, dirigiu o grupo coral “Pequenas Cantoras de Portugal”, constituído por 15 meninas, mais conhecido por “Pequenas Cantoras do Postigo do Sol”, que realizou cerca de 250 concertos em Portugal e no estrangeiro. Entre os anos de 1951 e 1958, foi diretor do Orfeão do Porto, que desenvolveu, neste período, a parte coral da Nona Sinfonia de Beethoven.
Nos últimos anos de carreira, teve a seu cargo o Conservatório, o Orfeão e o Coro Etnográfico da Covilhã. Paralelamente, dedicou-se à recolha e investigação do Cancioneiro no interior do país, tendo publicado no “Douro Litoral” duas coletâneas – os “Corais Geresianos” e os “Corais Mirandeses”. Quando morreu, com 64 anos, preparava a publicação de materiais que recolhera na Beira Baixa, na Guarda, em Felgueiras e em Baião, a pedido da Fundação Gulbenkian. Colaborara pouco antes na constituição do volume “Cancioneiro de Santo Tirso”.

Foi colaborador de “O Tripeiro”, do “Jornal de Notícias” e de revistas periódicas. Foi membro correspondente da
Federação Musical Francesa, sócio da Sociedade Portuguesa de Escritores, da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto e da Sociedade de Autores e Compositores Teatrais Portugueses.
A 1 de junho de 1957, como reconhecimento pelo extraordinário trabalho desenvolvido em prol da música tradicional, foi agraciado com o Grau de Cavaleiro da Ordem de Instrução Pública.
É assim também que Vilela recorda um homem brilhante, um artista e um autêntico génio que se revelou um exemplo de constância e dedicação.

2020

Centro Social e Paroquial de Vilela

O Centro Social Paroquial de Vilela é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) fundada em 2001 pelo padre Rubens Marques. A sua criação foi fundamentada na necessidade de se criar uma reposta social ajustada a cada situação de forma a promover uma melhor qualidade de vida à população de Vilela e às freguesias limítrofes.

Desde 2001 que dispõe de duas respostas sociais, centro de dia e serviço de apoio domiciliário, que prestam cuidados individualizados e personalizados, à população idosa e a adultos dependentes, bem como as famílias que não possam assegurar, temporária/permanentemente, a satisfação das suas necessidades.

No que respeita à prestação de cuidados e serviços, o centro possui um leque alargado dos mesmos, tais como: atividades socioculturais, lúdico-recreativas, de motricidade e de estimulação cognitiva; alimentação; administração da medicação prescrita; articulação com os serviços locais de saúde; cuidados de higiene pessoal e de imagem; tratamento da roupa; transporte; produtos de apoio à funcionalidade e autonomia; entre outros estipulados em função das necessidades e interesses dos utentes.

Ao longo dos anos, direção e funcionárias esforçaram-se por melhorar as condições e a qualidade de prestação dos serviços. Sendo concedido em 2018, pela Segurança Social do Porto, alargamento da capacidade institucional. Atualmente, a instituição apoia entre quarenta a cinquenta idosos e adultos dependentes. No entanto, a capacidade total da instituição é de cinquenta pessoas na valência de centro de dia e quarenta pessoas na valência de serviço de apoio domiciliário.

Com o COVID19 a instituição viu-se obrigada a remodelar a sua forma de atuar junto da população e, a 13 de março de 2020, tivemos que encerrar a valência de centro de dia. A partir desta data começamos a prestar apoio domiciliário apenas aos utentes que têm pouca ou nenhuma retaguarda familiar e que assim o requereram.

Atualmente, temos a nossa atividade reduzida e tememos a sustentabilidade da instituição.

Cruz Vermelha de Vilela

Até ao início da década de 80, a freguesia de Vilela não possuía nenhuma instituição que socorresse a sua população com eficácia e rapidez, o que obrigava em muitas situações, as vítimas a serem transportadas ao Hospital em veículos particulares. A demora na resposta a um acidente de motociclo no lugar da Pinta, em abril de 1981, foi a gota de água que levou a que população de Vilela entendesse que as vítimas não eram assistidas em tempo oportuno. Por isso, entenderam que era necessário unir esforços e trazer uma ambulância para a freguesia.

Perante a ausência de sede própria, os primeiros locais a acolherem a ambulância e os socorristas voluntários foram habitações privadas deste grupo de pessoas.

O desenvolvimento do núcleo resultou num crescente número de voluntários que se alistaram para integrar a Unidade de Socorro de Vilela. Após meses de formação intensiva, 0 1 . 0 curso de voluntários oficiais contou com 44 elementos e aconteceu a 28 de junho de 1987, data da sua fundação.

Desde então, a delegação da Cruz Vermelha de Vilela tem multiplicado os formandos em socorrismo, no sentido de responder às crescentes necessidades da população, contando atualmente com oito ambulâncias (2 de emergência e 6 de transporte de doentes).

Normalmente, quem recorre à cruz vermelha necessita de cuidados primários, quer seja para ser transportado a uma consulta, quer seja em caso de urgência. De referir que, além de Vilela, estendemos a nossa área de atuação a freguesias limítrofes, tais como Sobrosa, Duas Igrejas, Cristelo, Louredo, pertencentes ao concelho de Paredes, e ainda Arreigada e Modelos, do concelho de Paços de Ferreira. No total, são cerca de 20 mil as pessoas que usufruem dos serviços da Cruz Vermelha, 24 horas por dia e 365 dias por ano.

Atualmente, atravessamos uma fase de exigência para todos nós no que respeita à pandemia COVID-19. Neste contexto, adaptamo-nos a todas as medidas de proteção individual e concebemos um plano de contingência de forma a salvaguardar todos os profissionais e voluntários.

Desde o início que nos encontramos na linha da frente no combate a este vírus e fazemos o transporte de doentes suspeitos de COVID-19 e ainda o transporte de cadáveres (COVID positivo).

Vimos os nossos serviços de transporte a serem reduzidos para menos de metade e consequentemente as receitas a caírem de uma forma drástica.

Debatemo-nos todos os dias com a escassez de equipamentos de proteção individual que, se tornaram um bem extremamente avultado.

Pelo que, agradecemos toda a ajuda que nos possam prestar de forma a fazer face a todas as necessidades.

Estamos conscientes de que esta batalha ainda não terminou, mas seguimos com a certeza que tudo fizemos e fazemos para contribuir para que efetivamente tudo fique bem, porque juntos somos mais fortes!

2019

JOSÉ FERREIRA DA CRUZ

• Nasceu a 02/02/1954 em Vilela;
• Filho de António Ferreira da Cruz e de Clara Ribeiro Ferreira;
• Foi emigrante em Espanha, França e Cabo Verde, ligado à área da construção civil;
• Em janeiro de 1982 criou uma empresa de mobiliário que esteve no ativo até ao ano de 2006;
• Presidente Da Banda de Vilela nos anos 1994-1998;
• Presidente das festas em Honra da Nossa Senhora da Hora no ano de 1996;
• Membro da Direção do Centro Social e Paroquial de Vilela de 2000 até 2019;
• Presidente de Junta de freguesia de Vilela de 2005 a 2017 tendo em 2009 alcançado a maior vitória pelo PSD/PPD em Vilela com 81,34% dos votos;
• Eleito pelos Presidentes das Juntas de Freguesias do Concelho de Paredes, em Assembleia Municipal como representante das mesmas freguesias na Assembleia Distrital do Porto.
• Presidente da Associação para o Desenvolvimento de Vilela nos anos 2010 – 2014;
• Membro da direção de Cruz Vermelha de Vilela de 2012 e ainda em funções;
• Deputado em funções da Assembleia de Freguesia de Vilela.

José Ferreira da Cruz, filho de gente humilde e trabalhadora, desde cedo se agarrou, com luta e dedicação, à vida. Percorreu o mundo em busca de melhores oportunidades, mas regressou a Vilela confiante que seria aqui que encontraria o seu destino. Conhecido e reconhecido como homem de trabalho, sempre conseguiu atingir os seus objectivos com empenho e mérito próprio, sendo esse o exemplo de vida que transmite aos seus filhos. Marido dedicado, pai orgulhoso e avô carinhoso, o Sr. Cruz, ainda hoje, continua a ajudar de forma activa e meramente altruísta sempre que a sua contribuição se mostra necessária.
“Dar sem receber nada em troca”, é este o lema de vida do homem que dividiu o seu tempo com a gente da sua terra. Antes mesmo de enveredar por uma vida política de sucesso, tendo sido sempre eleito pela maioria dos Vilelenses durante os três mandatos que a lei lhe permitiu desempenhar, o Sr. Cruz nunca recusou abraçar causas nobres e integrou e dirigiu diversas associações sem fins lucrativos com vista apenas o bem colectivo e o desenvolvimento da terra que o viu nascer.
Tão fácil é gostar do Sr. Cruz, não fosse o seu círculo de amizades tão vasto quando a sua generosidade e tão forte quanto a sua personalidade, amigos de vida e para a vida, é assim que o Sr. Cruz se faz representar.
É ele o exemplo a seguir por esta nova geração de políticos, tendo um percurso de vida marcado pela humildade, seriedade, rectidão e amor por tudo o que fez e faz. Com a presente e merecida homenagem, a freguesia de Vilela, representada por todos os dirigentes das colectividades associativas, agradecem o Homem e a Obra que nos deixou. José Ferreira da Cruz foi o rosto de Vilela no nosso passado-recente, mas certamente continuará a desempenhar um papel de relevância na atualidade e a ajudar na construção de um futuro mais próspero!
Da sua obra destaca, com orgulho, a retirada da cabine elétrica da capela mortuária e o seu contributo para a construção/alargamento de inúmeras vias da freguesia, desde logo, da avenida de noval e os caminhos que ligam o calvário ao cemitério (Rampa da Escola Número 1, Rua do Penedo, Rua de Casais, Rua Padre J B Pereira e Avenida Padre João Mateus). Quando questionado sobre a sua dedicação às causas sociais, José Ferreira da Cruz não esconde o carinho pelas instituições por onde passou, em particular pelo Centro Paroquial e Social de Vilela e o esforço empregue na criação das novas instalações.
É com orgulho e admiração que nesta primeira cerimónia de homenagem, podemos recordar o Presidente, amigo e companheiro que José Ferreira da Cruz foi e continua a ser para todos nós.

LUCINDA ADRIANA GONÇALVES SILVA TEIXEIRA

• Nasceu a 13/04/1963 e faleceu a 01/06/2014;
• Filha de Américo Moreira da Silva e Ana Rosa Ferreira Gonçalves;
• Fundadora da Feira Medieval de Vilela;
• Vereadora da Câmara Municipal de Paredes de 2002 A 2005 sem pelouro atribuído.
• Presidente da Assembleia da Junta de Freguesia de Vilela de 2009 a 2013;
• Zeladora do altar e membro do grupo coral da paróquia e madrinha dos escuteiros;

Quem era Lucinda Adriana Gonçalves da Silva?! A pergunta que nos afigura mais pertinente é esta: quem não conhece a Adriana?! Na verdade, o carinho da Adriana ainda está bem patente na memória de todos os aqui presentes. Lucinda Adriana Gonçalves da Silva nasceu a 13-04-1963 em Vilela, no lugar de Casais e onde sempre residiu até os seus pais, em busca de uma vida melhor, decidirem, em 1970, emigrar para França. Foi nesse país que concluiu a escola primária, mas a família nunca esqueceu as suas origens e a vontade de regressar à terra sobrepôs-se ao espírito de sacrifício que sempre demonstraram ter. Assim que conseguiram alcançar a estabilidade necessária e tão ambicionada, em 1976, toda a família regressou a Portugal.
O espírito lutador da Adriana e do seu irmão Domingos certamente foi herdado de seus pais que, com admirável audácia, determinação e assertividade decidiram investir todos os frutos colhidos no estrangeiro, na abertura de uma pequena fábrica de móveis em Vilela. Desde cedo que toda a família se dedicou à fábrica e contribuiu para o sucesso que ainda nos dias de hoje é manifesto.
Influenciada pelo dia-a-dia, depois da escola e em todos os momentos livres passado nas instalações fabris e no escritório, a Adriana criou e alimentou o gosto pela organização empresarial e contabilidade, tendo concluído formação nessa área.
Foi graças à Adriana e seu irmão que a “pequena” fábrica de outrora é hoje uma empresa de referência na área da produção de mobiliário nacional e internacional e, França, que acolhera esta família portuguesa, oferecendo-lhes esperança, nos dias de hoje comercializa massivamente os produtos aqui produzidos.
Em 1983 Adriana casa tem dois filhos, Elsa e Tiago. Inegavelmente os seus filhos se revirão na breve descrição da infância da mãe, porque à sua semelhança, encontravam naquela indústria o espírito familiar que nunca se perdeu, sendo a fábrica o local onde todos se encontravam e para a qual todos trabalhavam, desde tenra idade.
Se devemos reconhecer as grandes obras de quem nos deixa, não menos importante será recordar a personalidade gentil, a simpatia contagiante e a bondade reconfortante que a Adriana transbordava. A Adriana nunca esqueceu a comunidade, não se limitando a ser empresária, mas a entrar na casa e nas vidas das pessoas de forma delicada e amiga. De família de costumes religiosos, foi na nossa Paróquia que encontrou o seu propósito, integrando o grupo coral, zelando o altar e amadrinhando o grupo de escuteiros.
As qualidades e mérito da Adriana foram sempre reconhecidas por todos.
Com a aquisição da Casa do Mosteiro, marco importante na história da nossa terra, a Adriana não perdeu tempo para, juntamente com um grupo de benfeitores, dinamizar aquele espaço, abrindo as portas do majestoso Mosteiro de Vilela a toda a população. E assim nasceu a Feira Medieval, que todos os anos nos transporta para o passado e nos recorda o sorriso da nossa Adriana.
Lucinda Adriana Gonçalves da Silva nunca virou costas aos desafios que lhe propunham e oferecia o seu trabalho para o bem comum. Com uma verdadeira postura diplomática, foi vereadora de Vilela eleita pelo PSD de 2002 a 2005 no mandato do Presidente da Câmara José Augusto Granja da Fonseca. Também em Vilela teve uma participação política relevante, tendo presidido à Assembleia de Freguesia de Vilela de 2009 a 2013.
Adriana foi um exemplo na forma como conduziu a sua vida, nunca tendo demonstrado fraqueza, mesmo quando tivera de enfrentar a doença que acabara por lhe roubar, cedo demais, as forças. Em 01 de Junho de 2014 Vilela ficou mais pobre.
E é desta forma singela, mas sentida, que a queremos recordar.

ALFREDO RIBEIRO DA SILVA

• Nasceu a 07/07/1878 em Lordelo e faleceu a 07-01-1962 em Vilela.
• Fundador da Fábrica da Boa Nova em 04-05-1915, denominada Silva Moreira & Ca;
• Em 1917 assumiu a gestão da Banda de Vilela, apelidando-a de “Banda da Boa Nova”
Cargos Políticos
• Membro da Junta de Paróquia de Vilela, ocupando o lugar de Tesoureiro, de 21-12-1908 até 14-11-1910;
• Vogal efetivo da Comissão Executiva de 07-01-1918 a 13-09-1918;
• Nomeado membro da Comissão Paroquial de Rebordosa no ano de 1929:
• Vice-Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de 20-12-1932 a 02-10-1936;
• Administrador do Concelho de Paredes em 1936;
• Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de 02-10-1936 a 17-02-1937;
• Membro do Conselho Municipal de Paredes nos triénios 1937-1940 e 1941-1944;
• Representante dos Grémios no triénio de 1941-1944;
Funções Sociais
• Membro da Comissão de Abastecimento Local de Paredes, na qualidade de representante dos industriais, nomeado em 18-08-1917;
• Membro efetivo da Junta de Repartidores do Concelho de Paredes, para o ano de 1918;
• Secretário da Obra de Assistência dos Pobres (de Vilela) em 1922;
• Jurado criminal para o ano de 1924;

Muito ficará por dizer sobre Alfredo Ribeiro da Silva. A ele, desde já, agradecemos a deliciosa viagem ao passado, que nos fez catapultar na história das nossas gentes. Perceber quem foi Alfredo Ribeiro da Silva fez-nos descobrir quem somos e de onde vimos, tendo a sua memória nos remetido para os mais basilares predicados de quem dedicou a sua vida a pensar no futuro e no bem-estar de quem teve o prazer de o conhecer. Pai de 12 filhos e avô de 22 netos, Alfredo Ribeiro da Silva não é só recordado pela sua numerosa família, mas permanece indelével na memória dos inúmeros trabalhadores e famílias que direta ou indiretamente foram presenteados pela sua extrema generosidade. Alfredo Ribeiro da Silva, partilha com todos os homenageados de hoje, humildes origens e ascensão pessoal e profissional fruto do seu árduo trabalho, tendo começado a trabalhar na antiga e conhecida “Casa do Amaral” como servente.
Movido por uma genialidade inata e personalidade ambiciosa, reconhecida por todos, em 1915, decidiu abrir a Fábrica da Boa Nova (com financiamento vindo dos familiares que foram para o Brasil), primeira unidade industrial na produção de assentos para cadeiras em contraplacado do concelho de Paredes e conseguiu dar passos de gigantes para o desenvolvimento da economia local. A qualidade dos seus produtos impunham-se no país e além fronteiras. Em 1917, na feira de Lyon (França) a Fábrica da Boa Nova foi massivamente elogiada, tendo, mais tarde, a sua importância sido citada numa revista de Paris de referência internacional, a Revue Universelle, número 43 de Junho de 1917, tendo a referida revista exposto uma honrosa apreciação dos quais citamos o seguinte: “é uma indústria toda nova em Portugal. O artigo fabricado pela sociedade Silva Moreira & Ca. era sempre, antes da guerra actual, importado da Alemanha. A produção desta nova fábrica é infinitamente superior, como acabamento, como qualidade, como colagem, desafiando a humidade, aos que até então eram importados dos países germânicos. Estes artigos têm sido objecto de encomendas fortemente importados da Inglaterra. A sociedade nunca expôs, naturalmente, mas agarrou a ocasião da Feira de Lyon para mostrar pela primeira vez a sua interessante produção. A sociedade Silva Moreira & Ca. sustentará valentemente a concorrência, qualquer que ela seja”.
Alfredo Ribeiro da Silva levou e elevou o nome de Vilela em toda a Europa e no Brasil, para onde exportava regularmente. Diz-se que o segredo mais bem guardado do sucesso da Fábrica de Vilela era a cola utilizada feita à base de uma farinha de leite e as técnicas de colagem empregues. No seio da freguesia de Vilela e de todo o concelho de Paredes, Alfredo Ribeiro da Silva, foi assim, o impulsionador da modernização de todo o processo de produção na área do mobiliário e projetou a capacidade e rigor portugueses para uma economia de grande escala, baseada na competitividade internacional. Dizia-se, na altura, que toda a freguesia trabalhava na Fábrica da Boa Nova e, apesar dos inúmeros trabalhadores, todo o pessoal apresentava-se disciplinado, nunca tendo havido, naquela casa de trabalho, verdadeiramente modelar e única, uma só divergência ou reclamação que sejam conhecidas, tal a ordem e método empregues no seu normal funcionamento que se refletiam na imagem do seu fundador, homem de liderança obedecido cegamente e seguido por todos os seus funcionários.
Alfredo Ribeiro da Silva sempre tratou com o maior respeito e dignidade todos os seus trabalhadores e todas as pessoas que cruzavam o seu caminho, tratando-os por alcunhas alusivas à sua personalidade. Nunca era negada sopa e as contas da mercearia eram saldadas pelo patrão sempre que alguém precisava.
Mas nem só de trabalho vive o homem e Alfredo Ribeiro da Silva transpirava poesia na forma como projetava a sua vida. E foi na assunção da gestão da Banda de música de Vilela (que viera a designar de Banda da Boa Nova) quando a mesma ultrapassava uma grande crise fruto da instabilidade mundial despoletada pela guerra, que aquele alimentou a alma ao som da música que ainda hoje ouvimos com muito orgulho, não fosse a Banda de Vilela um projeto em expansão e em claro crescimento e reconhecimento. A banda era a sua “afilhada preferida” e estava sempre nas suas preocupações porque sabia que os seus êxitos se reflectiam também na empresa. Todos os músicos eram funcionários da fábrica e tinham dispensa do trabalho para poderem ensaiar, sendo, igualmente, remunerados por isso.
Não podemos deixar de salientar a participação política activa que Alfredo Ribeiro da Silva desempenhou, tendo sido Presidente da Câmara de Paredes em 1936.
No ano de 1938, como contam testemunhas vivas, houve uma grande festa no recinto da fábrica numa homenagem sentida ao seu fundador que contemplava 60 anos. Músicos, operários e o povo anónimo juntaram-se numa grande manifestação de alegria, enquanto actuavam a Banda da Boa Nova e a banda de Freamunde.
No dia do seu funeral toda a freguesia de Vilela parou para chorar a sua morte. As escolas fecharam e a banda, pela primeira vez, tocou em silêncio absoluto.
E é assim que Vilela recorda o Homem cuja vida ainda nos ensina que o sucesso deve ser sempre alcançado no pleno respeito pelo outro.